Envolvida

 

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Introduction

Texto sem revisão.

18+ Conteúdo impróprio para menores. 

Eu poderia ser uma garota normal e viver de modo conivente com a sociedade, mas escolhi ser Lizzie Radzimierski, ou apenas Liz, apesar da pouca idade – 25 anos, tenho uma singela reputação de garota dos nervos de aço. Sou jornalista no The Poster, um pequeno jornal de New York. Estou em uma reportagem, que investiga o envolvimento do Senador Nathan Fox – 36 anos, com a máfia que se prolifera e devasta o Brooklin com drogas e prostituição em suas casas noturnas.
Nathan Fox para sociedade é uma homem no qual demonstra confiança, mas ele não me engana, eu sei que por trás daquele ar de bom moço do povo, tem um bandido. Ele é o homem elegante, rico, bem sucedido e enigmático e isso lhe faz ser cobiçado, tanto por todas as mulheres, como também pelos repórteres que o perseguem como abutres, assim como eu. Seus olhos azuis e penetrantes são quase uma prisão pra quem os olha. Nathan não perde por esperar. Eu sou imune a ele.
Não sei onde estou pisando, mas sei que vou desmascarar e ser a jornalista.
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Chapter 1

Agonia.

* Nota da escritora:

Quero explicar que não posto capítulos totalmente revisado, pois os totalmente revisados e modificados ficam guardados até uma futura publicação - faço isso com todos os livros que escrevo. 

*Baseado em um fato real.

— Me solte — falei baixinho, minha cabeça doía. Eu queria sair daquele quarto. Eu queria gritar, mas não conseguia. Minha língua enrolou dentro da boca, e eu mau conseguia respirar.

— Você só faz isso se você quiser — gemia ao passar a mão no meu corpo. Eu sabia que não tinha escolha. Não tinha para onde fugir — abra as pernas — ordenou passando aquelas mãos ásperas pelo meu corpo e se eu tentasse fazer algo para parar suas ações, ele me bateria. Minha mãe sabia. Ela sabia e permitia que ele tocasse em mim — ainda vou comer essa bucetinha apertada. Agora feche — Ele tinha colocado o seu pau entre minhas pernas e espremido meu corpo com o corpo dele na cama, assim como minhas nádegas, para que o pau dele ficasse sarando entre meu anús e minha vagina. O modo como ele falava, me deixava enjoada. Suas mãos dançavam pelo meu corpo, mas porque ela não o parou? Ela era minha mãe. Eu já tinha avisado que ele me tocava quando ela não estava em casa, mas ela não fazia nada. Nada. Eu tinha apenas dez anos, e ela não queria me proteger contra ele... Ela não me protegeu.

— Mãe... — choraminguei em suplica.

— Ela não liga pra você — falou se debruçando e encostando seu queixo na minha nuca, roçando com a barba ainda por fazer. Apesar da brutalidade, ele não penetrou em mim, apenas ficou sarando no meio da minha bunda, até chegar ao orgasmo.

Homem asqueroso.

                                                                                    *

— Não! — grito o mais alto que posso, mas ele bate na minha cara e eu me desequilibro.

— Vou comer você sua putinha — rosna pegando minhas pernas e me arrasta pela casa até o quarto. Seu rosto é sombrio, a imagem do mau estava na minha frente. Ele era alto, de corpo largo e tinha uma barriga saliente. Na sua camisa regata de algodão, escorria o suor de um dia de trabalho. Eu tinha nojo, ódio e repudia por aquele homem. Seu rosto estava desfigurado de raiva, mas eu não sabia o motivo. Não entendia o real motivo daquilo está acontecendo.

— Eu não fiz nada — digo entre soluços. Meus olhos ardiam e as lagrimas apenas escorriam pelo meu rosto como uma cachoeira. Inutilmente, me agarrei ao carpete do chão do quarto da minha mãe, mas eu não tinha forças para parar aquele ataque.

Ele me puxou com mais força, e minha cabeça foi de encontro ao pé da cama de madeira. A dor foi instantânea e só fez as lagrimas saírem com mais facilidade.  Segurando meu cabelo, ele me levantou e me jogou na cama. Ele fedia a suor, um suor nojento e grudento. Tentei chutar ele, mas ele segurou minhas pernas pelos tornozelos com umas das mãos e me espremeu com seu tronco pesado, enquanto abria o botão da calça surrada de operário. Senti um arrepio percorrer meu corpo, e o medo ao mesmo tempo. Eu estava perdida. Completamente perdida.

— Você vai ver que não pode me enrolar. Vadia ruiva — falou se afastando e segurando meu tornozelo novamente — você me pertence. Sou quem lhe dar de comer, vestir e um teto quentinho para você dormir. Puta!!! — seus dentes rangiam de ódio, mas ainda assim eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Já fazia muito tempo que ele não me tocava. Muito tempo.

— Por favor, não — choro desesperada quando ele arranca minha calcinha apenas com um puxão — por favor... Por favor, não — imploro derrotada.

— Puta! — grita ele batendo na minha cara, enquanto se coloca no meio das minhas pernas. Podia ver o seu pau pulsar quando ele gritava e batia em mim. A dor se espalha por meu corpo e tudo que eu queria era alguma arma para matar aquele filho de uma puta. Suas tapas foram substituídas por sucos... Murros fortes desferidos no meu rosto e na minha cabeça. De novo eu não conseguia gritar, minha língua enrolou e eu não conseguia respirar — você achou que ia fugir — soltou uma risada sinistra e olhou para mim, mostrando seus dentes um pouco amarelados.

A agonia, o desespero e o medo já faziam parte da minha alma naquele momento.

— Universidade — disse incrédulo — você acha que vai pra universidade? Só pode está de brincadeira comigo — senti outro murro sendo desferido no meu rosto e meus olhos ardiam ainda mais. Antes de tentar gritar novamente, eu senti. Senti-o penetrar aquele pau nojento dentro de mim e a dor me consumir por dentro. Minha primeira vez foi com ele. Com aquele asqueroso, seboso e fedorento. Finalmente consegui soltar um grito de desespero em meio ao choro.

— Não toque em mim! — urrava e me debatia na cama enquanto ele estocava com toda sua força enquanto seu peso me esmagava — não toque em mim... — gritava o mais alto que eu podia. Não queria que ele estivesse ali.

Não queria que ele estivesse dentro de mim.

— Universidade é um caralho pra você, sua puta! — seu hálito fedia a bebida. Bebida barata. Eu tentava me mexer em baixo daquele porco, mas ele era pesado de mais e eu era esguia. Meu corpo magro e de poucas curvas, era quase desnutrido pelas condições na qual que vivia. Pressão psicológica e o sofrimento faziam parte da minha infância e adolescência. A cada saída e entrada daquele corpo entranho dentro de mim, me sentia mais suja. Mais na lama.
 

Capítulo 1

 

Tinha que estar em Washington em quatro horas para fazer a cobertura do escândalo que se alastrava pelo cenário político – Um deputado — que não lembrava o nome — com sua secretaria, estavam tendo um caso. Nunca gostei desse tipo de matéria, mas eram as que pagavam minhas contas e eu não tinha muito escolha. Eu não era conhecida por ser a melhor repórter em coberturas desse tipo, mas o meu forte sempre foi fazer investigações e fuçar o lixo dos grandões de New York. Eu morava em um pequeno apartamento perto do The Poster, o máximo que eu consegui pagar por um apartamento que mais parecia uma caixa de fósforos, já que eu estava economizando para comprar o meu próprio apartamento.

As paredes estavam pintadas em branco, apenas ao fundo uma única parede em vermelho, e apesar de ser pequeno, era o meu refugio depois de um dia de trabalho cansativo. O que eu ganhava era o suficiente para guardar um pouco em uma poupança e gastar apenas com o necessário. Meu sofá estava um lixo de tão velho. As rachaduras no tecido sintético, na cor marrom, denunciavam que ele merecia um tão sonhado lixo. Do décimo andar, dava para ver a janela da vizinha, que sempre estava transado com alguém diferente. Meu sonho de consumo era ter uma cozinha onde eu pudesse andar livremente, sem ter que esbarrar nos objetos ao meu redor. Normalmente não recebo meus amigos em casa, a não ser Matt, que sempre aparecia de surpresa. Até pensei em criar um gato, mas eu era ocupada demais para ter um e com certeza ele morreria de fome na primeira semana.

Quando o telefone tocou ás sete da manhã, tive a certeza que era Matt avisando que já estava me esperando na frente do prédio.

— Já vou descer — disse apresada antes que ele me engolisse por telefone, e o ouvi bufar ao fundo. Peguei meu blazer preto, que já fazia mais de um ano que eu o vestia, mas ainda bem que ele era bom, se não, caso contrario, ele já estaria no lixo. Peguei o telefone o guardei dentro da bolsa. Depressa tomei uma generosa xícara de café. Uma dose de cafeína sempre me fizera bem. Fui ao quarto, me olhei no espelho e por mais que o meu cabelo fosse liso, ele nunca obedecia à gravidade. Tratei de trançá-lo e deixá-lo de lado. Passei protetor, já que minha pele branca, e com sardas espaldas sutilmente pelo meu rosto, não me deixam em paz nem em dia de chuva. Todo cuidado é pouco. Afastei-me um pouco, e com muita luta traguei o meu reflexo no espelho. Ruiva, sem maquiagem e visivelmente pálida com aspecto cansado, cabelos trançados e jogado de lado sobre o ombro. Hora de caçar, apesar da minha caçadora estar hibernando há mais de anos.

Como de costume, olhei todas as janelas, tranquei a porta do quarto.

O telefone vibrava a todo vapor na minha bolsa. Matt estava me irritando. Dei uma ultima olhada no meu apartamento, e me contorci quando meus olhos pousaram no sofá. Era uma vergonha eu ainda não ter trocado de sofá. Mas assim que eu voltasse de Washington, eu tomaria coragem e compraria o maldito sofá.

Quando desci, lá estava ele parado na frente do prédio, escorado na van e com os braços cruzados.

Com sua camisa azul colada e calça jeans desbotada e com o seu tênis verde escuro, mais velho que o ex-presidente Bush – o pai -, Matt Brown era o que eu poderia chamar de um quase amigo, bom... para ele eu era sua amiga e tinha quase certeza que ele tinha interesses além de uma amizade, apesar de estar sempre me criticando. Matt é o que podia chamar de homem alto – um e oitenta e quatro de altura -, loiro, mas não era aquele loiro exuberante de capa de revista, apesar de ser bastante atraente e ter os lábios mais desejosos que já vi. Seus olhos verdes acinzentados eram quase negros quando ele me olhava, suas pupilas delatavam de um jeito que me assustava às vezes. Seu rosto formava um triangulo invertido, e seu queixo era coberto por uma vasta barba loira, e bem aparada. Com seu porte nem atlético, nem magrelo, ela fazia sucesso entre as mulheres por ser muito sincero, o que normalmente não deveria acontecer. Matt colecionava mais tapas na cara do que um cavalo acoitado em dia de corrida, tudo isso exatamente por sua sinceridade e excentricidade na hora de dar em cima de uma mulher. Para infelicidade dos meus olhos, ele tinha o que poderia chamar de ‘bunda murcha’. Eu não gostava de ter relacionamentos, mas nada me impedia de olhar uma bela bunda masculina de vez enquanto. Mesmo sendo a bunda do meu amigo Matt.

— Pensei que você não ia sair mais desse cativeiro do mofo , que você chama de lar — Matt sempre odiou meu apartamento, e uma certa vez, ele havia me convidado para morar com ele e dividir o aluguel, mas gosto muito da minha privacidade e resolvi não aceitar — que merda é essa que você está vestindo — falou me olhando de cima a baixo. Como sempre, eu estava com minha blusa cinza manga longa e gola v, mas não era decotada. Calça social preta de alfaiataria quase masculina para minhas curvas, que ele sempre falava que era para homens, e meus sapatos de salto baixo preto — você deveria jogar esse blazer no lixo também, e substituir por um terninho. Como as jornalistas de bom senso sempre fazem — provocou.

— E você deveria se jogar no lixo — devolvi — já que lugar de lixo, é no lixo — seus lábios se curvaram em um sorriso charmoso e despreocupado — e a propósito, bom dia pra você também...

— Bom dia — seus olhos brilhavam de divertimento — Eu levaria essa roupa comigo — senti uma malicia em sua voz, mas deixei isso de lado. Não queria que ele achasse que estava dando especo para que continuasse a flertar indiretamente, e nem muito menos diretamente. Queria manter o amigo e o lado profissional a salvo de qualquer imprevisto.

— Eu gosto da minha roupa — falei dando de ombros enquanto abria a porta do carro e me sentando confortavelmente no banco do passageiro, na frente — odeio ter que cobrir essas matérias de escândalos excêntricos — ele deu a volta e entrou no carro, e pela sua cara, ele também não gostava. Além disso, eu sabia que ele também não gostava desse tipo de matéria.

— Mas, é esse tipo de matéria que paga a você para que compre mais roupas tenebrosas como essa — outra cutucada. O que ele tinha? Não me lembrava de ter tantas criticas dele, com relação a minha roupa, em um só dia. Quando deu partida no carro, e eu preferi não falar nada. Ele estava especialmente irritante, e não queria ser deixada no meio da estrada e ter que ficar pedindo carona a estranhos.

Estava trabalhando a mais de três anos no The Poster. Dois desses três, como estagiaria e um como uma verdadeira jornalista, ou era assim que eu pensava depois de ganhar alguns prêmios. Terminei meus estudos e logo tive a sorte de conhecer Elijah Aiden Hunter. Dono do The Poster. Um homem de fibra e pulso firme, que sempre exigiu dos seus funcionários mais de mil por cento no trabalho para alcançar a perfeição. Ele era bem informal, às vezes usava jeans desbotado, camisetas amarrotadas e tênis. Para ter quase quarenta e oito anos, estava em ótima forma física. Forte e musculoso. Dono de um sorriso carismático, olhos castanhos claros e meigos, Elijah, tinha um rosto alongado e um queixo um pouco quadrado, e as algumas vezes usava um cavanhaque que deixavam muitas das funcionarias enlouquecida de tão sexy que ele era. Cada piscadela que ele lançava, era um efeito domino de mulheres desmaiando aos seus pés. Alto, com um metro e oitenta e oito, esbanjava charme por onde passava. Ainda bem que ele sempre me respeitou, e acreditou no meu trabalho como jornalista desde o começo, eu da mesma forma. Apesar de ter nascido em Seattle, Elijah construiu sua carreira na grande cidade onde tudo pode acontecer, New York, da mesma forma que eu queria construir a minha. Cutucando e irritando os grandes políticos e empresários, descobrindo seus pobres e jogando ao vento.

 

Depois de guardar todo o equipamento com Matt, e vou para um café do outro lado da rua quando ouço vozes e vejo jornalistas amontoados em torno de um político, que de longe não consigo identificar.  Se fosse mais um furo de reportagem, eu não poderia perder. Peguei meu gravador e o deixei preparado enquanto corria em direção à aglomeração de repórteres.

“Senhor Fox” — gritava o repórter ao meu lado — “ poderia nos dar um explicação sobre a denuncia de envolvimento com a máfia?” — já faziam dias que eu queria uma oportunidade de fazer algumas perguntas, e apesar de não uma entrevista exclusiva, eu estava tendo uma das poucas oportunidades de chegar perto do homem do momento. “Fox, o que você tem dizer sobre a acusação de venda de drogas em suas casas noturnas?” — perguntava outro. No meio de mais de uma dizia de repórteres e fotógrafos, me joguei entre ele abrindo espaço, tentando gravar o máximo possível, mas infelizmente a boca dele parecia estar colada com a mais potente super cola do mercado. Ele tinha dois armários fazendo sua segurança. Dois negros altos, fortes, vestindo ternos pretos com sapatos brilhosos na mesma cor, e poderia dizer que só em olhá-los, dava arrepios. Ele de costas, parecia ser um rei em seu obscuro submundo do crime. Nathan é o que poderíamos chamar de homem prodígio no mundo do crime, além de saber esconder muito bem o que faz, apesar de varias denuncias, a polícia nunca achou provas concretas sobre o envolvimento dele com drogas e a máfia. Ele já foi capa da revista Time varias vezes, e também já foi visto com quase todas as modelos da Victoria's Secret.

Dono de uma fortuna considerável, ele tinha o dom de arrastar a fama de conquistador entre as mulheres. Nunca tinha o visto pessoalmente, apenas por fotos e entrevistas que ele participava como convidado. Um homem muito sexy... com um olhar matador... Uma delicia de homem para ser mais exata. Moreno de pele clara,  cabelos escuros e penteados cuidadosamente para trás... ombros largos... quadril um pouco estreito, e uma bunda... que bunda. O homem podia ser o político safado e bandido, mas com certeza era o bandido mais gato que já vi, e para mim, ele só servia para ser observado á distância. Sempre tive uma paleta seletora para homens, mesmo que nunca tenha namorado nenhum. Percebendo que eu iria perder a oportunidade, espreitei-me ainda mais até ficar bem próxima a ele, enquanto uma motorista negra, alta e de traços fortes, abria a porta do jaguar Xf luxury preto. Ela tinha curvas sinuosas, e um porte elegante. Seus lábios grossos, cabelos com dreadlocks, formando uma trança e seu rosto angular, mostravam firmeza e que ela era altamente profissional.

— O gato mordeu a sua língua, senador? — pergunto quando puxo sua mão. Paro por instinto sentindo que há algo errado.

Uma corrente de calor, misturada a uma energia quase inexplicável passou por todo o meu corpo e me deixou completamente paralisada. Como em câmera lenta, alguns repórteres praticamente me atropelam, quando ele parou imediatamente e observou ao seu redor com seus olhos azuis celestes mais penetrantes que bala em dia de tiroteio, e eu larguei a mão dele devido à aglomeração ao nosso redor, e por eu não conseguir sair do canto e fui jogada no chão com um empurrão forte.

Paralisada, sem fôlego e no chão, tentando me recuperar daquela sensação. Nathan tinha a força de uma usina nuclear? Isso só acentuou ainda mais a minha vontade de descobrir mais sobre ele. Descobrir seus podres.

 

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