Fiéis Infiéis

 

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Apresentação

Olá, amiguinhos e amiguinhas (que coisa boba de se dizer).

Hoje venho anunciar um novo trabalho, chamado “Fieis Infiéis”. No mês de novembro, participei do desafio NaNoWriMo, um desafio que consiste em tentar escrever um romance em apenas um mês, com uma meta de 50 mil palavras. Bem, eu escrevi bastante, não cheguei às 50 mil, mas consegui concluir o livro Fiéis Infiéis.

Diferente de tudo o que eu já escrevi, trata-se de uma comédia romântica, algo bem leve, despretensioso e divertido. Quando eu digo divertido, é porque é pra ser divertido mesmo! Eu dei boas gargalhadas escrevendo, e acho que posso arrancar ao menos algumas de quem se dispor a ler.

Diferente de meus outros trabalhos, este livro será postado na íntegra nas plataformas gratuitas de leitura Wattpad e Widbook, e talvez em outras, se eu descobrir ou alguém me indicar. Postarei todas as terças e sextas, conforme o cronograma abaixo, e garanto que todos os capítulos serão postados e que o livro permanecerá lá para leitura gratuita indefinidamente.

Abaixo segue o cronograma de postagem dos capítulos.

24 de março
Prólogo 
Capítulo 1: Recebendo a Notícia

27 de março
Capítulo 2: E agora?, Quem Poderá Nos Ajudar?

31 de março
Capítulo 3: O Plano

03 de abril
Capítulo 4: Infiéis Unidos

07 de abril
Capítulo 5: O Reencontro

10 de abril
Capítulo 6: Amanhecer Revigorante

14 de abril
Capítulo 7: A Sabatina

17 de abril
Capítulo 8: No Cangote do Inimigo

21 de abril
Capítulo 9: A Invasão

24 de abril
Capítulo 10: A Fuga

28 de abril
Capítulo 11: Ressaca Moral

27 de abril
Capítulo 12: Segunda-Feira, Sempre Maldita

01 de maio
Capítulo 13: Maldita Segunda-Feira, Sempre

05 de maio
Capítulo 14: Pare, Senão Mamãe Atira!

08 de maio
Capítulo 15: Se É Por Falta de Adeus... Tchau

12 de maio
Capítulo 16: Injúria, Calúnia e Difamação

15 de maio
Capítulo 17: Pobre Luke

19 de maio
Capítulo 18: Cartas na Mesa

22 de maio
Capítulo 19: Pega na Mentira

26 de maio
Capítulo 20: Revelações

29 de maio
Capítulo 21: Faxina e Solidão

02 de junho
Capítulo 22: Amigas em Álcool

05 de junho
Capítulo 23: Todo Dia é Dia de Balada

09 de junho
Capítulo 24: De Volta ao Lar

12 de junho
Capítulo 25: Tudo Bem Quando Termina Bem
Epílogo


É isso, pessoal. conheçam Anderson e Adelaide, e descobram como sabotar um casamento para salvar outro.

 

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Prólogo

É engraçado pensar na dinâmica de um casamento.

Eu não vejo graça alguma nisso.

A questão é que nenhum outro tipo de aliança social é tão instável e cheio de variáveis. Um relacionamento tanto pode ruir da noite para o dia, como pode renascer das cinzas a partir de um evento inesperado, algo que você jamais imaginou ser a resolução de todos os empecilhos.

Empe.. O quê? Não importa. Mas concordo que às vezes as coisas se resolvem de formas estranhas. Como no nosso caso. Quem diria que algo que separa tantos casais iria nos unir mais que nunca.

Mas não existem fórmulas quando falamos de casamento, e isso deixa tudo imprevisível. Da mesma forma que nos conhecemos a partir de um encontro estritamente casual, chegamos à nossa crise dos sete por motivos que não sabemos.

Acho que nunca vamos saber, para falar a verdade. Começando pelo fato de que nossa “crise dos sete” aconteceu no sexto ano de casamento. Como alguém pode esperar por isso?

Talvez seja porque nunca fui boa em matemática.

Mas eu sou um administrador. Não sou um perito em números, mas sei operar a “12C” como poucos... Tá bem, não é isso tudo, mas eu me viro bem. Até faço meu imposto de renda sozinho!

Alguém divagou por aqui... Mas, voltando ao assunto, esta conversa me faz lembrar o nosso tempo de namoro. Nunca pensávamos nos problemas, apenas achávamos que éramos feitos um para o outro, e que o nosso amor seria eterno. E ainda mais, que nosso amor seria suficiente para que jamais tivéssemos problemas.

A vida era tão simples quanto uma casquinha de sorvete.

Nosso salário mal pagava uma casquinha de sorvete!

Mas éramos felizes com o pouco que tínhamos. Será que o dinheiro complica as coisas?

Essa é a maior bobagem que eu já ouvi. Éramos daquele jeito porque éramos uns bobões. Dois bobões muito felizes, mas, ainda assim, bobões. Não venha com essas ideias de largarmos nossos empregos e levarmos uma vida simples. Você sabe que não vai aguentar muito tempo sem seu futebol em nossa TV de 60 polegadas. E eu não quero voltar a andar de ônibus. Isso é mais forte que qualquer amor.

Olhando por esse lado, pode ser que você tenha razão.

Eu tenho razão.

Por isso você é a mulher do casal, e eu não. E agora acho que foi você que div... div... Como se diz?

Divaguei.

Isso! Você que divaguei.

Divagou.

Hmm?

Deixa pra lá. O importante é que há sempre uma saída para os problemas, ainda que disfarçada de um problema ainda maior.

Botar ”maior” nisso!

Esta conversa não deve fazer muito sentido para quem está de fora, né, amor?

Não faz sentido nem para mim, que estou de dentro!

Mas vai fazer sentido. E o capítulo 1 é o primeiro passo.

Capítulo 1 neles!

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Capítulo 1: Recebendo a Notícia

Eu não entendo o problema que as pessoas têm com o cigarro. Eu fumo a tanto tempo, que ele praticamente faz parte de mim. Adelaide parou de fumar na época em que namorávamos, e com o tempo acabou me obrigando a fazer o mesmo. Mas não durou muito tempo, e agora eu aproveito cada oportunidade para fumar escondido. Trabalhar numa empresa que fabrica cigarros pode ajudar um pouco, mas minhas maiores heroínas — não confundir com a droga — são as balas de hortelã. Aquilo deixa a boca cheirosinha, e minha esposa nem percebe que eu fumei, tenha sido um cigarro, ou um maço inteiro.

Adelaide dizia que era clichê demais fumar depois do sexo, mas eu sempre tive esse hábito. Naquele dia, eu estava saboreando um cigarro sem filtro bem suave, pois os fortes não são bons para esses momentos, me deixam meio tonto. Aquilo era como uma meditação, eu sentia a fumaça entrar pela boca, parar nos pulmões para descansar e logo depois uma nuvem gordinha saía do nariz, formando uma cortina à minha frente.

Aliane estava perto da cama, em pé, penteando os cabelos em frente ao espelho. Uma manta negra e brilhante escorrendo sobre as costas. Vestia apenas roupa íntima, deixando seu corpo escultural à mostra. Seu físico era levemente musculoso, acho que praticava alguma arte marcial; nunca perguntei, só tinha a impressão. Contudo, mesmo com essa deusa à minha frente, não prestava muito atenção nela.

Eu estava fumando, e gosto de separar as coisas. Sexo é sexo. Cigarro é cigarro. Não sei dizer qual dos dois me dá mais prazer, mas posso dizer que não se deve misturá-los. Tentei fazer isso na adolescência, mas quase queimei meu pênis. Estava quase terminando de fumar, quando Aliane se virou para mim e veio andando em minha direção.

— Anderson, precisamos conversar.

Meio distraído, quase me engasguei com a fumaça. Depois de uma tosse baixa, abanei a mão para espalhar a nuvem de nicotina e me voltei para ela, surpreso. Não costumávamos conversar muito, principalmente depois do sexo; e ela sabia que meu fumo era sagrado.

— O que foi? — perguntei, entre uma tragada e uma baforada.

— É muito difícil dizer o que estou prestes a dizer, mas quero que saiba que isso que há entre nós é muito especial, e sempre vou guardar comigo cada momento que passamos juntos.

— Não estou entendendo.

— Olha só, eu conheci um rapaz, já estamos saindo há algum tempo, e...

— Aliane, eu sou casado! Não precisa me dar satisfação, estamos bem desse jeito, não se...

— É que vou me casar!

Fiquei em silencio. Não pelo choque, mas por não conseguir compreender onde ela queria chegar. Às vezes eu sou um pouco lento para interpretar as coisas, principalmente quando estou no meu momento de fumar depois do sexo. Ela deveria saber disso e começar uma conversa tão estranha em um momento melhor.

— Meus parabéns! — eu disse, tentando sorrir, mas sem conseguir por estar muito confuso.

— Acho que você não está me entendendo, Anderson. Eu vou me casar!

— Eu entendo, te desejo felicidades! — onde diabos ela queria chegar?

— Isso significa que não podemos mais nos ver. Ao menos não do jeito que nos vemos, entende?

— Como?

— Eu acredito na monogamia, por mais contraditório que isso possa parecer.

Monogamia? Nem sei o significado dessa palavra! Aquilo não fazia sentido para mim. Ela iria se casar; ok. Mas o que nosso “relacionamento” tinha a ver com isso? Era apenas sexo, e estávamos de acordo nisso; eu era um homem casado, e todos os termos foram discutidos antes de começarmos. Já fazia dois anos que nos encontrávamos duas vezes por semana, exceto na época das provas na faculdade da Aliane. Que curso ela fazia mesmo?

— Eu... Bem... É... Não entendo!

— Vou me casar em breve, e pretendo ser fiel ao meu marido. Ele sabe do que temos, e terminar com você foi uma decisão que tomamos em conjunto.

Ela olhou para mim com olhos grandes e brilhantes, parecia uma menininha que acaba de recolher um gatinho machucado na rua. Depois se levantou e começou a se vestir, foi tão rápido que, quando dei por mim, Aliane me beijava o rosto e já saía pela porta. Fiquei alguns segundos parado, olhando para o nada, tentando compreender a situação.

— Ai, CACETE!

Saí do estado congelado que estava ao sentir uma queimação entre os dedos, a bituca do cigarro havia me queimado, e agora estava em cima do lençol. O tecido se chamuscou um pouco e uma chama se aumentou. Agarrei o travesseiro com pressa e comecei a bater onde estava queimando até o fogo se apagar. Então, ofegante como se tivesse corrido uma maratona, me deitei e deixei o ar entrar e sair pelo meu pulmão até meu coração começar a bater normalmente.

Depois de um longo tempo largado na cama, fiquei de pé, vesti minhas roupas, paguei a conta e saí. Normalmente, Aliane me dava uma carona até o metrô, mas hoje ela se fora sem me esperar, e, segundo o que me dissera, para jamais voltar. Nas poucas vezes em que tive que sair sem um carro do motel, fiquei bastante envergonhado, sentindo que todos me olhavam, me julgavam; se ao menos eu conseguisse passar no exame de direção... Mas depois de 19 reprovações, achei sensato desistir. No entanto, agora, eu estava tão transtornado que nem me importei com os olhares, ora curiosos, ora julgadores.

Caminhei por alguns metros até perceber um táxi se aproximando, sinalizei e o motorista parou. Entrei no veículo cabisbaixo, disse o endereço e me acomodei como pude, encostando a cabeça no vidro e observando a paisagem de concreto e poeira que passava lentamente por meus olhos. Mas eu não via nada daquilo, via apenas Aliane dizendo aquelas palavras que eu não queria ter que compreender: não podemos mais nos ver.

E eu ainda não sabia que droga significava “monogamia”.

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Capítulo 2: E agora?, Quem Poderá Nos Ajudar?

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Capítulo 3: O Plano

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Capítulo 4: Infiéis Unidos

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Capítulo 5: O Reencontro

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Capítulo 6: Amanhecer Revigorante

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Capítulo 7: A Sabatina

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Capítulo 8: No Cangote do Inimigo

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Capítulo 9: A Invasão

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Capítulo 10: A Fuga

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Capítulo 11: Ressaca Moral

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